São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995 |
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Galã não é papel para Riccelli
CLAUDIA GONÇALVES Em 1992, época dos distúrbios raciais nas ruas de Los Angeles, o salvadorenho Carlos cruzou ilegalmente a fronteira dos Estados Unidos. Sua missão: procurar o homem que o torturou durante a guerra civil de El Salvador.Apesar do pano de fundo real, a trama só acontece no cinema. Já o imigrante latino-americano em questão existe na tela e fora dela: é Carlos Alberto Riccelli, 48, que há quatro anos trocou a "terrinha" por Los Angeles. O primeiro resultado palpável da mudança é "The Best Revenge", nome provisório do filme que está finalizando nos EUA, sob a direção de James Becket. "Deve estar pronto no meio do ano", diz o ator, que matou as saudades do Brasil em janeiro. Nem a vontade de colocar a cara no mercado estrangeiro convenceu Riccelli a vestir o uniforme de galã, que lhe caía tão bem por aqui. "Quando cheguei lá eles queriam que eu fizesse o amante latino ou filmes de ação. Mas eu sou superseletivo e só faço o que gosto." Afastado das produções nacionais desde a minissérie "Riacho Doce", de 91, o marido de Bruna Lombardi revela que o auto-exílio o fez recusar vários papéis. "A Globo me chamou para 80% de suas novelas nesses quatro anos." Agora, o ator estuda o convite da emissora para fazer "Decadência", seriado de Dias Gomes. Mesmo tendo os atores norte-americanos em altíssima conta, Riccelli ainda se debate com o jeitinho gringo de ser. "Eles seguem a lei à risca. No trânsito, se estou na preferencial e dou passagem, eles não aceitam e ainda ficam putos", conta o cordial brasileiro. Texto Anterior: De pedra; Yakuza; Arriba, Aruba!; Penetra ou não penetra? Próximo Texto: XUXA É UMA COISA Índice |
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