São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995
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XUXA É UMA COISA

HELOISA HELVECIA

Em São Paulo, diz, a "coisa profissional" ganhou consistência. "Só aqui pude estabelecer essa relação de inventar o que vou fazer."
Atriz e diretor se uniram em 87. Babenco estava indo para os EUA, fazer o "Ironweed", Xuxa e o filho foram também, ficaram um ano lá. "Na volta, ficou meio assim: eu era do Rio, o Hector de São Paulo..." Eles planejavam fazer a peça "Louco de Amor", de Sam Shepard. Então combinaram de ir para a cidade onde a produção saísse primeiro, com as melhores condições de teatro, atores etc. São Paulo ofereceu a infra e ganhou o casal.
Em 93, Xuxa virou Maria Luisa Lopes Babenco, papel e aliança no dedo. "Casei porque fiquei adulta."
Hoje, o que mais queria era ter um filho de Hector Babenco. Impossível, por causa de uns remédios que o cineasta, em luta contra o câncer, tomou. Ele se trata e está bem, a ponto de iniciar as filmagens de seu "Foolish Heart" em julho. "Às vezes a gente leva uns sustos. É muito difícil viver com isso, não dá para fingir que não existe", diz Xuxa.
No mês que vem, a atriz que é disputada por dois atores em "Répétition" poderá ser vista em outro triângulo amoroso e outra situação cômica: ela participou, com Petê Marchetti e Taumaturgo Ferreira, de uma espécie de fotonovela moderna intitulada "A Promoção", dirigida e clicada pela fotógrafa Claudia Jaguaribe, com texto de Beatriz Jaguaribe. Na história, duas mulheres disputam o mesmo cargo e o mesmo homem, que é o chefe delas. O trabalho será lançado em livro de 80 páginas, pela editora 34 Letras.
A próxima "coisa" de Xuxa Lopes será a montagem, para o segundo semestre, de "Maria Stuart", peça de Stephen Spender, com tradução de Marilene Felinto e Marcos Renaux, direção de Gabriel Villela e 12 pessoas no elenco. Por enquanto, só sabe que Renata Sorrah será a rainha Elisabeth. O que a encantou na adaptação livre da peça de Schiller por Spender, afirma, não foi a pompa, a história de rei e rainha, "mas os complôs, os caprichos, as inseguranças, as preocupações corriqueiras e todas essas pequenas coisinhas das quais são feitas as mulheres."

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