São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995
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Zona oeste tem os melhores pontos

ALINE SORDILI
EDITORA DO TUDO

Com mais de 1,1 milhão de habitantes com renda média de 21 salários mínimos (R$ 1.470,00), a zona oeste promete ser uma das melhores regiões de São Paulo para iniciar ou ampliar um negócio.
A região concorre com outras mais densamente povoadas, porém com renda média "per capita" muito inferior.
A zona leste, por exemplo, tem mais de 3,4 milhões de habitantes e renda média de 9,3 mínimos (R$ 651,00) —a menor entre as cinco regiões da cidade.
Na zona sul, a renda média é de 13,7 mínimos e o total de habitantes ultrapassa 2,9 milhões, segundo dados da Geomarket, empresa de localização, e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"O comércio está se regionalizando. Cada vez mais os bairros estão aumentando a infra-estrutura para atender seus moradores", afirma Nancy Assad, 39, diretora de marketing da Cia City.
A empresa trabalha com urbanização e escolheu uma área de 1 milhão de m2 no Jaraguá (zona oeste) para construir um centro empresarial e um shopping center.
Segundo ela, o perfil socioeconômico dos moradores e o acesso fácil foram os fatores determinantes para a escolha do local.
O erro na escolha de um ponto comercial pode colocar em risco todo o investimento. Na opinião de analistas, um lugar inadequado desgasta a imagem do produto ou da própria empresa.
A Geomarket recomenda analisar todas as características dos compradores, concorrentes e do ponto-de-venda para garantir o sucesso do negócio.
Para Carlos Alberto China, 42, e Milton Fontoura, 38, sócios da empresa, um ponto comercial é atrativo quando, além de renda e população, também são analisados a variedade de ofertas e a especialização do negócio.
Eles observaram também que a zona oeste é uma região promissora por ter mais potencial de consumo, menos concorrência e ser ainda inexplorada.
Mas, dizem eles, os interessados em um ponto devem analisar como as pessoas chegam ao local, se o acesso é fácil e se existe alguma obstrução (túneis, corredores de ônibus, ladeiras).
China e Fontoura afirmam que a "área de influência" do negócio atinge a distância de até 15 minutos de carro. "Normalmente, as pessoas não se deslocam além desse limite", diz China.
Mas não é só o ponto comercial que garante o sucesso de um empreendimento. Tadeu Francisco Masano, 41, da Estudos Empresariais, também especializada em localização, diz que, além do ponto, devem ser considerados o produto, o preço e a promoção.
Estudos
As empresas de localização analisam as condições do mercado para pessoas que têm um ponto e não sabem que negócio montar.
Analisam também o público potencial para quem tem ponto e negócio ou para quem não tem ponto, mas negócio.
Nenhuma das empresas revela o valor de seus estudos. O tempo gasto com cada pesquisa varia de uma semana até quatro meses, dependendo do tipo de negócio.

PARA SABER MAIS:
Geomarket - (011) 62-7412; Estudos Empresariais - (011) 822-7563; Cia City - (011) 505- 4211.

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