São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995 |
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O delírio como política
INÁCIO ARAUJO "Batman" foi um desses filmes-evento que se ia ver mais por obrigação do que por prazer: era preciso não apenas ver, mas ter uma opinião, ficar deslumbrado ou decepcionado, julgar a indústria, o martelar da mídia em torno do assunto. Passado esse momento, o filme de Tim Burton aparece mais claramente em sua dimensão política. Ou antes, nada é claro. Desde Gotham City, a sinistra, até o homem-morcego, passando pela figura corrompida do Coringa, tudo nos fala de um mundo que se desagrega, que se consome na própria iniquidade. "Batman" é, enfim, quase uma contradição ambulante: o momento em que a indústria serve aos propósitos mais pessoais. E, paradoxalmente, em que sua existência se justifica.(IA) BATMAN (Batman). EUA, 1989, 126 min. Direção: Tim Burton. Com Jack Nicholson, Michael Keaton, Kim Basinger. Na Globo. Texto Anterior: Carlitos está mais moderno Índice |
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