São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995 |
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Novo Protegé anda bem sem muito refinamento ;Interior
GRACILIANO TONI
O novo Mazda Protegé —o nome soa como protegê— é um belo carro de US$ 25 mil, vendido aqui por US$ 33 mil. Com um pouco mais de cuidado —suspensões à altura de seu bom desempenho, por exemplo, ou melhor acabamento—, ele poderia oferecer mais pelo preço. O novo Mazda Protegé acelera bem e mantém velocidade elevada em estradas, graças a seu potente motor de quatro válvulas por cilindro (16 no total). Piso esburacado e traçados sinuosos não são o forte do modelo japonês, mais à vontade em estradas de Primeiro Mundo. Suas suspensões permitem à carroceria inclinar demais, e fazem o carro perder tração e estabilidade. Para compensar as deficiências nas suspensões, o carro tem direção quase perfeita, leve em manobras e firme em velocidade, o que é ideal para trânsito urbano e para estradas, respectivamente. As suspensões são incapazes de absorver perfeitamente os choques com as irregularidades no chão, transmitindo solavancos e barulho para o interior do carro. O problema com as suspensões acaba por prejudicar as freadas. Ótimos em boas estradas, os freios —discos nas quatro rodas, com ABS— não conseguem fazer o carro parar em distâncias curtas quando em superfícies irregulares. Projetado para evitar derrapadas em freagens, o ABS alivia a pressão nos freios quando há iminência de travamento de qualquer roda —ameaça frequente se o pneu perde contato com o solo. No Protegé, as rodas perdem momentaneamente o contato com o chão com frequência, acionando o ABS antes da hora certa e esticando as distâncias de freagem. Interior Bem equipado, o Protegé deixa o motorista à vontade. Espelhos e comandos —de faróis, pisca-pisca e limpador do pára-brisa— estão no lugar ideal. O modelo avaliado por Veículos tem eficiente sistema de ar-condicionado e acionamento elétrico para o sistema de regulagem de espelhos e para os vidros. Em boas estradas, é útil também o piloto automático —o "cruise control", que permite manter velocidade constante sem usar os pedais do acelerador e do freio. O local do toca-fitas e a alavanca de câmbio com longo percurso entre as marchas e "bola" solta são os únicos problemas. O tecido dos bancos não é de textura agradável ao toque. As costuras são salientes e expostas. Apesar do bom acesso e do amplo espaço, o conforto não é total para os passageiros de trás. O banco, bastante curto e baixo, deixa as pernas sem apoio suficiente. Texto Anterior: Hertz e Ford fazem parceria em locação; Audi A8 será vendido em março na Caraigá; Daewoo quer expandir negócios no Brasil; Chrysler anuncia lucro de US$ 3,7 bi em 94; Lapônia adquire duas concessionárias; Portofino investe em novos equipamentos Próximo Texto: Honda XR 200R gasta pouco no 'off road' Índice |
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