São Paulo, quarta-feira, 8 de fevereiro de 1995
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Governo marca leilão da Escelsa para 10 de maio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo decidiu retomar o processo de privatizações de estatais. Marcou para o dia 10 de maio o leilão da Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas) e estabeleceu o prazo de 60 dias para que sejam atualizados os valores fixados para dez estatais do setor petroquímico.
Estas decisões foram tomadas ontem pelo Conselho Nacional de Desestatização, em sua primeira reunião ontem, no Palácio do Planalto. Participaram os ministros da Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Administração Federal.
O processo de privatização destas empresas havia sido suspenso pelo ex-presidnete Itamar Franco, por causa de denúncias de subavaliação dos seus patrimônios.
No caso da Escelsa, a contestação dos valores pelo Sindicato dos Eletricitários adiou o leilão por três vezes.
As empresas que deverão ter suas avaliações revistas são as seguintes: Salgema, Companhia Petroquímica de Camaçari, Companhia Química do Recôncavo, Petroquímica do Nordeste, Estileno do Nordeste, Nitrocarbono, Petrocoque, PoliBrasil, Polipropileno e Poliderivados.
Os valores para a privatização dessas empresas foram fixados, em sua maioria, no final de dezembro de 93. "No último ano houve uma mudança mundial na área de petroquímicos e, quando foi feita a avaliação, o mercado estava recessivo", disse ontem o ministro Clóvis Carvalho (Casa Civil), que coordena o Conselho.
Para confirmar o leilão da Escelsa, o governo aguarda apenas a conclusão dos estudos sobre a incompatibilidade do atual contrato de concessão da empresa com a nova Lei de Concessões — que será sancionada na segunda, dia 13.
O governo quer ainda privatizar a Light. "Falta apenas buscar um equacionamento dos créditos que a empresa tem com a Eletropaulo, fruto de sua fusão", disse Clóvis Carvalho.
O governo, afirma ele, não discutiu a privatização de empresas sob monopólio constitucional, como as de telecomunicações.

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