São Paulo, quarta-feira, 8 de fevereiro de 1995
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Chefe do Emfa quer salários diferenciados

AZIZ FILHO
DA SUCURSAL DO RIO

Os militares querem um tratamento salarial diferenciado em relação aos funcionários civis para compensar as peculiaridades de suas atividades.
A idéia foi defendida ontem pelo ministro-chefe do Emfa (Estado-Maior das Forças Armadas), general Benedito Bezerra Leonel. Ele insistiu na tese de que os militares e os funcionários civis são "diferentes".
"Não somos melhores nem piores, somos diferentes", declarou o ministro. "Não fazemos greve, não temos hora extra, não temos moradia certa."
O tratamento diferenciado, segundo o general, é uma das propostas dos militares para a reforma da Constituição, que o governo pretende implementar.
O general afirmou que os salários melhores seriam "uma das formas" de compensar essas "diferenças".
O general Bezerra Leonel declarou também que os militares não têm uma posição fechada sobre o monopólio estatal do petróleo. "Nelson Rodrigues já dizia que a unanimidade é burra", declarou.
Segundo ele, os militares vão se posicionar sobre o assunto "dependendo da maneira com que seja colocado".

Homenagem
O ministro-chefe do Emfa foi homenageado ontem com um almoço pela Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra), na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, no centro da cidade.
Durante o almoço, ele teve de mudar de mesa porque uma goteira estava molhando seu terno. No discurso, o ministro exaltou o "momento de confiança" pelo qual estaria passando o país em um "momento de transição que é histórico".

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