São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995 |
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Mundo da moda ganha espaço em SP EVA JOORY EVA JOORY; ERIKA PALOMINO
A semana de lançamentos que reuniu 2.700 pessoas —e 45 fotógrafos— em torno dos dez estilistas desta edição de inverno do Phytoervas Fashion estabelece alguns pontos. Para começar, o aprimoramento profissional, com mais seriedade em relação às apresentações e à qualidade das produtos. Os atrasos diminuíram, o público foi mais respeitado e a mídia pôde trabalhar melhor. No estilo, um dos aspectos mais importantes é a vitalidade da moda jovem, que se enfrenta as irregularidades e os erros próprios da pouca idade demonstra frescor e coragem em suas idéias. Special K num básico despretensioso e honesto; Salve Rainha na busca de uma estética pós-clubber; Transilvânia num estilo de vida neofreak e underground; delicadeza e feminilidade nas cores de Annelise de Salles; a procura por uma identidade contemporânea de Elisa Stecca e da marca Divas. Em geral, parece diminuir entre os criadores a correria pelas últimas tendências, em busca de caminhos mais pessoais, sobretudo entre os estilistas mais construídos. Merecem nota a evolução séria de Herchcovitch, a entrada assumida de Walter Rodrigues tanto no glamour-retrô quanto numa opção mais jovem e moderna, a sofisticação clássica de Fause Haten. Se houve uma estrela entre os estilistas, esta é Jorge Kaufmann. Com a base de 15 anos na marca comercial Aquarela, na nova etiqueta que leva seu nome ele faz moda à sua imagem e semelhança. Como balanço da equipe de produção coordenada por Paulo Borges, um evento melhor que os anteriores. "Impusemos mais regras, estávamos mais organizados; foi mais fácil trabalhar". A propósito, foram 90 os barrados à entrada e 1.500 os copos quebrados. Texto Anterior: Os analfabetos são os castrados do Brasil Próximo Texto: "A Menina e o Vento" buscam a fantasia Índice |
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