São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 1995 |
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HC pode ficar sem remédios em um mês
AURELIANO BIANCARELLI
"Se não conseguirmos uma solução a curto prazo, corremos o risco de ficar desabastecidos", disse Alberto Hidek Kanamura, 44, novo superintendente do HC. Kanamura tomou posse no último dia 27. Pela primeira vez nos últimos 15 anos, o superintendente do HC é um administrador hospitalar e não um professor-titular da Faculdade de Medicina da USP, como é tradição. Kanamura é cirurgião e especializou-se em administração hospitalar pela Getúlio Vargas. Foi diretor-executivo do Instituto Central do HC oito anos atrás. Ele ocupava, até a semana passada, a superintendência clínica do Samaritano, um hospital particular. "Minha escolha reflete a vontade de tornar a administração mais profissional", disse. O HC é o maior complexo hospitalar da América Latina. Tem 1.850 leitos, 2.000 médicos, 8.500 funcionários e atende cerca de 1,5 milhão de pacientes por ano. Por dia, o hospital consome cerca de R$ 700 mil. Segundo o superintendente, os R$ 26 milhões em atraso correspondem a dívidas feitas no ano passado. Depois de renegociada a dívida, Kanamura pretende diagnosticar os problemas do hospital e elaborar um plano estratégico. Quer rever a questão dos recursos humanos —que vai de aumentos salariais à redução de funcionários— e iniciar um planejamento e controle de recursos. Segundo Kanamura, o salário pago pelo Estado está defasado em relação ao mercado. "Temos uma grande evasão de mão-de-obra." Texto Anterior: Grupo gay vai distribuir folheto educativo na BA Próximo Texto: Hospital pode internar o dobro Índice |
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