São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 1995
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Até morrer

JANIO DE FREITAS
DO CONSELHO EDITORIAL

Campeão mundial Interclubes, pentacampeão do Brasil, campeão da Libertadores, campeão da Copa Brasil, 23 vezes campeão do Rio, duas vezes tricampeão. Pondere um pouco: com este acúmulo de glórias, o que pode ser na vida do Flamengo um jogo a mais com o Fluminense?
Deixo a pergunta em aberto. Qualquer que fosse minha resposta, pareceria soberba. E a soberbia e a tricolice são dois defeitos de que a natureza me poupou. A rigor, mais do que não responder, nem devia escrever aqui. Bem que argumentei não estar mais acompanhando o futebol. Não colou. Pediram que então explicasse como isso aconteceu a alguém de uma linhagem de flamengos iniciada lá nos avós, e até hoje sem exceção na família.
Foi justamente por ser flamengo. Um vascaíno, um fluminense, um botafoguense (com perdão da má referência), não poderia fazer o mesmo. Ou fazê-lo pela mesma razão.
O Flamengo é a maior usina de energia do mundo. Energia emocional. Minha parte nesta produção sempre esteve muito além dos meus recursos. De repente me dei conta de que havia nisso uma injustiça absurda. Como cobrar nos estádios mais e mais do Flamengo, depois de tantas e inapagáveis alegrias recebidas? Decidi ficar só com minha comovida gratidão. As tentações são frequentes, são impiedosas. Mas tenho conseguido resist
FLAMEEEENNGOOO!!!!

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