São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 1995 |
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Calmon quer atrair público feminino com realismo
IVAN FINOTTI
A nova história terá como tema a troca de personalidades. Uma mesma atriz fará duas personagens. No decorrer da trama, uma assumirá o lugar da outra. As metamorfoses e raios energéticos vistos em "Vamp" e "Olho no Olho", ambas de Calmon, serão trocados por histórias de "pequenas vidas". "É isso que o público de novelas, basicamente feminino, quer. Se 'Vamp' ganhou espaço entre jovens, por outro lado afastou a telespectadora tradicional. Desta vez vou me esforçar para me centrar neste público", diz o autor. Segundo Calmon, esse público tradicional da novela das sete é composto por "avós, empregadas, moças do interior, donas-de-casa. Se a novela é boa, elas ficam assistindo e o feijão atrasa", brinca. Para facilitar a aproximação com o universo feminino, o autor optou por trabalhar com quatro colaboradoras. "As mulheres têm outra sensibilidade, outra visão", diz. Apesar de buscar o realismo, Calmon não consegue dispensar um pouco de fantasia. "Uma criança verá coisas que os adultos não podem ver", conta. A falta de originalidade da trama —a troca de personalidades— não preocupa Calmon. "Temos histórias assim desde o período medieval, inclusive outras novelas. São sempre os mesmos temas. O desafio é adequar esses clichês para a época atual", explica. A novela vai se passar no litoral. Parati e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, são prováveis locações. Vários personagens adolescentes também estão programados para a novela. Quanto à escolha do elenco, Calmon diz que vai se manter afastado. "Antigamente eu brigava muito na escolha. Agora estou mais tranquilo. Vou deixar tudo na mão do diretor. Apenas vou dar bola preta se discordar muito de uma escolha". Texto Anterior: Globo faz primeira série de não-ficção Próximo Texto: Luiza Tomé se diz feliz por viver personagem cosmopolita Índice |
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