São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995 |
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Índios querem demarcar divisa
ANDRÉ FONTENELLE
Representantes de tribos dos dois países se encontraram em Paris, na Segunda Assembléia da Iniciativa Indígena pela Paz. Segundo eles, cerca de 2.000 índios são ameaçados pelos combates, mas ainda não há dados sobre quantos morreram ou foram recrutados pelos dois exércitos. "Algumas comunidades foram bombardeadas e as famílias tiveram que se esconder na selva", afirma Felipe Tsenkush, 39, líder da tribo chuara equatoriana. Tsenkush acusa os dois governos de incitarem os índios dos dois lados da fronteira a lutarem uns contra os outros. "Aproveitam que somos povos guerreiros. É uma manobra para exterminar os nativos da região e deixar a zona de mineração livre, porque sempre fomos um problema para eles", diz. Para evitar a luta entre tribos, as organizações indígenas do Equador usam o rádio. A emissora Federación, em ondas curtas, informa incessantemente que "a guerra não é entre nós". Tsenkush acrescenta que a cordilheira do Condor é um excelente posto de observação e que a região é rica em ouro e urânio. Texto Anterior: Países negociam área desmilitarizada Próximo Texto: Países trocam novas acusações Índice |
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