São Paulo, sábado, 18 de fevereiro de 1995
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Quase lá

Reta final da campanha de Mário Covas ao governo paulista, em 1994. O último comício do candidato tucano no interior do Estado seria em São José do Rio Preto, a 451 km a noroeste da capital.
Na viagem, já dentro do jatinho, Covas assistia seu aliado do PFL Antônio Cabrera tentar convencer o tucano paranaense José Richa de que é preciso mudar a lei penal, sob o argumento de que, na colônia agrícola de Rio Preto, os detentos desperdiçam a terra:
— Você vai ver do avião, porque a fazenda fica ao lado da pista.
Após o piloto anunciar o pouso, Richa olhou pela janela e disse:
— Cabrera, os presos começaram a trabalhar. Olha lá como está tudo plantado!
— Impossível —reagiu o outro.
Ao abrir a porta, Cabrera interpelou Covas:
— O senhor vai descer aqui?
— Vou. O piloto disse que é Rio Preto.
— Não. Rio Preto é minha cidade, eu conheço. Aqui é Catanduva.
Após alguma discussão com o piloto, a comitiva embarcou novamente e seguiu viagem, por mais cem quilômetros, até Rio Preto.

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