São Paulo, sábado, 18 de fevereiro de 1995 |
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Transporte aéreo é mais utilizado por empresas
JOÃO BATISTA NATALI
É o que demonstra pesquisa da Comissão Interdepartamental para o Mercosul da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, feita com 850 empresas. O coordenador da comissão, Juan Manuel Quirós, revela que a Fiesp se prepara para um novo estudo que deverá abordar outros aspectos das exportações com a Argentina, Uruguai e Paraguai. Segundo a pesquisa, 57% das mercadorias são exportadas por caminhão, 23% por avião, 18% por navios e 1% por trem. Indagados sobre como economizar com frete, 74% mencionaram a via marítima, 100% as hidrovias e 100% as ferrovias. A pergunta permitia respostas múltiplas. Uma das conclusões óbvias para a não coincidência entre o meio de transporte preferido e o meio utilizado está nas deficiências da infra-estrutura colocada à disposição dos exportadores. Com a predominância das exportações paulistas para a Argentina, e em razão da concentração daquele mercado na Província de Buenos Aires, existe um potencial não aproveitado quanto ao uso da navegação marítima. Não há diferenças significativas entre os transportes aéreo e marítimo quando se trata de avaliar o prazo de entrega, a qualidade e a confiabilidade do frete. Em termos de prazo, 30% apontam a conveniência do avião, contra 24% do navio. Na qualidade e confiabilidade, o transporte marítimo é apontado como pouco melhor (28% a 26% e 39% a 38%). A pesquisa também se interessa por outros tópicos da inserção das empresas no Mercosul. Entre as que exportam , só 24% também fazem importações dos três parceiros regionais do Brasil. Quanto à especificação do que é comprado, prevalecem as matérias-primas. Elas representam 54% do Uruguai e 67% do Paraguai. Outros dados: 79% das empresas têm representantes ou distribuidores fixos nos três países que importam seus produtos. Se o otimismo predomina (69% acreditam no Mercosul), é significativa a porcentagem dos parcialmente céticos (29%) e dos totalmente céticos (2%). Entre os informados, o acompanhamento é feito principalmente por jornais (87%). Texto Anterior: Burocracia ainda sobrevive na fronteira Próximo Texto: Menem quer ser avisado se Brasil alterar câmbio Índice |
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