São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995
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Oscilações cambiais são perigosas, diz Fritsch

DA REPORTAGEM LOCAL

A possibilidade de grandes oscilações cambiais em um curto espaço de tempo é o maior perigo que paira sobre o Mercosul. A avaliação é do ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Winston Fritsch.
Fritsch participou do seminário "Mercosul: Consolidação ou Expansão" promovido pela Folha na última quinta-feira, no auditório do jornal. Os outros convidados foram Felix Peña, ex-coordenador do Grupo Mercado Comum na Argentina e diretor-executivo do grupo Europa-Argentina; Juan Quirós, coordenador da Comissão Interdepartamental para Assuntos do Mercosul na Fiesp, e Luís Olavo Batista, coordenador do grupo de estudos jurídicos do Mercosul da faculdade de direito da USP. O debate foi coordenado pelo jornalista João Batista Natali.

Restrições
Segundo o ex-secretário de Política Econômica, como as taxas de câmbio são um fator extremamente importante na composição de vantagens competitivas dos produtos e podem ser alteradas rapidamente pelos governos, há a necessidade da criação de mecanismos de restrição.
O ex-secretário de Política Econômica sugeriu a criação de bandas mais largas, algo parecido com o que ele chamou de "serpente européia".

Disciplina
Para Felix Peña, o aprofundamento das relações comerciais entre os países passa, necessariamente, por uma disciplina coletiva na implantação de uma política macroeconômica.
Juan Quirós, da Fiesp, acredita que esse é um momento "único" para as pequenas e médias empresas se preparem para a globalização da economia. "O Mercosul deve funcionar como um grande laboratório para as empresas", diz.
Segundo o coordenador do grupo de estudos jurídicos do Mercosul na faculdade de direito da USP, Luís Olavo Batista, o ponto crucial para o êxito do livre mercado é a harmonização das legislações dos vários países.

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