São Paulo, segunda-feira, 20 de fevereiro de 1995
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Radical despreza obra 'comercial'

RODRIGO LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

Para ser um cinéfilo "radical", não basta apenas ir muito ao cinema. É necessário saber selecionar os filmes. Essa categoria despreza qualquer filme que tenha o rótulo de comercial.
Isso inclui filmes de ação, quase todos os americanos e os franceses que tenham cara de videoclipe —cinéfilos odeiam videoclipes!
Filmes europeus são normalmente bem vindos. Cinematografias "estranhas", quando exibidas nas salas especiais, são disputadas como figurinhas carimbadas.
Os filmes iranianos são a maior revelação dos últimos meses (leia texto ao lado); a sala Cinemateca promete para este ano um ciclo de cinema palestino, o primeiro já realizado no Brasil.
Algumas leituras também são importantes para o cinéfilo. O clássico é a revista francesa "Cahiers du Cinéma" (Cadernos do Cinema). Alguns dos críticos da revista, que teve seu auge na década de 60, se tornaram os cineastas mais importantes da "Nouvelle Vague", como Jean-Luc Godard e François Truffaut.
Há ainda nas livrarias dezenas de livros falando sobre cinema. É necessário saber escolher. O centenário da sétima arte, este ano, motiva um avalanche de lançamentos. Um dos melhores é "Magnum-Cinema". São fotos da conceituada agência fotográfica Magnum mostrando atores e diretores em pleno processo de criação. Custa cerca de R$ 80,00.
(RL)

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