São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995 |
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Unionistas do Ulster rejeitam o documento
ROGÉRIO SIMÕES
Manifestantes da comunidade protestante de Belfast queimaram ontem cópias do documento e gritaram palavras de ordem contra o governo da República da Irlanda. Para o líder do DUP (Partido Democrata Unionista), Ian Paisley, o texto é um "agente nacionalista e republicano". Ele criticou o fato de não haver nenhuma menção à exigência de que o IRA (Exército Republicano Irlandês) entregue suas armas e desmonte sua estrutura, como parte das negociações. Peter Robinson, também do DUP, disse que Londres mostrou que não quer mais ser responsável pela região. "O Ulster (Irlanda do Norte) recebeu uma ordem de despejo para deixar o Reino Unido", afirmou. William Ross, do UUP (Partido Unionista do Ulster), disse que os termos do documento são "completamente inaceitáveis para a comunidade unionista" da Irlanda do Norte. Alguns políticos unionistas disseram que Londres se distanciou da Irlanda do Norte para que o IRA, se um dia voltar à atividade terrorista, não escolha mais alvos na Grã-Bretanha. Os nacionalistas do Sinn Fein, braço político do Exército Republicano Irlandês, receberam bem as propostas. Para o líder do partido, Gerry Adams, o texto prova que a divisão da Irlanda foi "um fracasso". Mas o vice-líder do partido, Martin McGuinness, criticou a retirada da reivindicação da Irlanda do Norte por Dublin da Constituição da República da Irlanda. (RS) Texto Anterior: Colonização protestante começou no século 17 Próximo Texto: Rebelião em Argel deixa 100 mortos Índice |
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