São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 1995
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Londres quer vender mais na América Latina

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

Com o objetivo de aumentar sua participação no comércio exterior do Brasil e dos demais países latino-americanos, o Reino Unido acaba de lançar uma campanha para promover novas oportunidades comerciais na América Latina junto às empresas britânicas.
Chamada "Link into Latin America - Your next big market" (Elo com a América Latina - o seu próximo grande mercado), a campanha espera dobrar a parcela das exportações britânicas, atualmente de menos de 2%, para o mercado latino-americano.
Em entrevista à Folha em Londres, Mike Mecham, chefe da seção de exportações para a América Latina, do Ministério da Indústria e Comércio do Reino Unido, disse que seu país quer uma "mudança radical" no desempenho de suas exportações para o Brasil.
"Ainda estamos muito atrás de nossos principais concorrentes europeus tais como a Alemanha, que tem uma fatia de 6,2% do mercado latino-americano, a Itália, com 3,9%, e da França, com 3,1%".
Atualmente, o Brasil é o maior mercado para as exportações britânicas na América Latina (US$ 840 milhões em 94, um aumento de 29% sobre 93). O valor das exportações brasileiras para o Reino Unido em 94 alcançou a soma de US$ 1,4 bilhão.
Robert Bruce, que exerce o cargo de promotor de exportações para o Brasil no Ministério da Indústria e Comércio do Reino Unido, disse que o fornecimento de equipamentos e máquinas para o setor de geração e distribuição de energia é a prioridade dos exportadores britânicos no Brasil.
"A flexibilização dos monopólios e o fim do protecionismo no Brasil, que já não é mais visto como um mercado fechado, abre imensas oportunidades comerciais no país para os exportadores britânicos", afirmou. Bruce disse que outros setores de interesse no Brasil para a indústria britânica são telecomunicações, petrolífero, ensino a distância e automotivo.
Robert Bruce anunciou duas iniciativas da campanha para o aumento do comércio britânico com o Brasil: um seminário, em junho, na Inglaterra, sobre tecnologia e equipamentos para prospecção de petróleo em águas profundas e a ida ao Brasil, em outubro, de uma missão comercial da Sociedade dos Fabricantes de Automóveis e Autopeças do Reino Unido.

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