São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 1995 |
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Marcas no corpo denunciam segurança
DANIELA RIBEIRO
Os ferimentos, como arranhões, evidenciavam a possível resistência de Alice a uma tentativa de estupro, segundo a polícia. As investigações começaram após o major PM César Paiva Muniz registrar o desaparecimento de Alice, às 7h de anteontem, na 19ª DP (Delegacia Policial). A estudante, que participava de um intercâmbio cultural patrocinado pelo Rotary Club, morava há um mês com a família Muniz, no prédio na rua Enaldo Cravo Peixoto, na Tijuca (zona norte). A primeiro pessoa ouvida pelos policiais foi o porteiro noturno, João José dos Santos. Ele contou que Nepomuceno trabalhara sozinho na madrugada de domingo. Quatro amigos de Alice -duas dinamarquesas, um filipino e um brasileiro- disseram à polícia que a acompanharam até o prédio. Ao prestar depoimento, Nepomuceno negou o crime inicialmente, mas confessou quando o delegado Antonio Mattos pediu para que ele se despisse. O segurança também afirmou à polícia que, antes do assassinato, havia visto a estudante apenas uma vez, há cerca de um mês. Alice era muito bonita e, segundo Tadeu Araújo Pena, chefe de protocolo do Rotary, falava português fluentemente. Ela havia chegado ao Brasil no dia 16 de agosto e morou três meses com uma família na Barra da Tijuca. Deveria passar mais dois meses com os Muniz. Os pais de Alice, Bruno e Sonja Christiansen, têm mais três filhos. Foram avisados do crime pelo Rotary. O pai chega hoje ao Rio. O corpo de Alice foi embalsamado e será velado na capela do Aeroporto Internacional. Parte para a Dinamarca hoje à noite ou amanhã, em um vôo direto. (DR) Texto Anterior: Calor de 33ºC lota piscinas de São Paulo Próximo Texto: Consórcio de carro é motivo de reclamação Índice |
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