São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995
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Entidades pedem proteção a 40 pessoas

DA SUCURSAL DO RIO

As entidades internacionais de defesa dos direitos humanos querem que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos exija do governo brasileiro proteção para cerca de 40 pessoas que fazem parte de uma lista de "marcados para morrer" na região de conflitos de terras do sul do Pará.
O movimento está sendo liderado pela Human Rights Watch, dos EUA, e Centro pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil).
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é o órgão da OEA (Organização dos Estados Americanos) responsável por esse assunto.
Em 17 de fevereiro último, o órgão da OEA enviou carta ao governo brasileiro exigindo proteção para o padre Ricardo Rezende, da paróquia de Rio Maria (PA), o nome mais conhecido da lista.
Segundo Cavallaro, foi a primeira vez que o comissão exigiu do Brasil medidas cautelares de proteção a pessoas ameaçadas.
Desde novembro, disse o membro da Human Rights Watch, o Cejil e a Pastoral da Terra vêm pedindo essa providência à comissão da OEA. Em 15 de fevereiro, a petição foi reiterada.
Cavallaro afirmou que, além da proteção ao padre Rezende, as entidades querem que as garantias se estendam aos demais ameaçados.
Elas exigem também que o governo brasileiro providencie a detenção de cinco pessoas que têm prisões preventivas decretadas desde o dia 24 de outubro por envolvimento com crimes relacionados com a disputa pela terra, e que o investigue todos os suspeitos, punindo os culpados.
Além do padre Rezende, constam da lista de "marcados para morrer" nomes de vereadores, sindicalistas e pequenos proprietários de terra do sul do Pará.

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