São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995 |
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1.450 detentos se rebelam perto de Campinas
LUCIANA CAMARGO
O complexo tem três presídios de segurança máxima e um de regime semi-aberto. As rebeliões aconteceram na penitenciária e na Casa de Detenção. Até as 21h30, um preso havia sido ferido. A primeira rebelião começou às 9h, nos pavimentos A e B da Casa de Detenção. Seiscentos e setenta e oito presos reivindicavam melhores condições no atendimento a doentes, assistência judiciária e afastamento de sete funcionários acusados de desviar verbas. Os detentos pegaram três funcionários como reféns. O secretário-adjunto de Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto, e o presidente da Coespe (Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários do Estado), Lourival Gomes, foram chamados. Às 15h, Pinto anunciou o fim da rebelião. "Nós abriremos sindicância para apurar as irregularidades denunciadas e puniremos os funcionários que estiverem eventualmente envolvidos", disse. O motim mais grave aconteceu às 14h30, na Penitenciária 2. Os presos trocaram tiros com a polícia e queimaram vários colchões. Cerca de 770 detentos colocaram fogo nos acessos a duas alas do presídio e pegaram os reféns. A PM foi chamada. Cerca de 120 homens dos pelotões de choque da região foram convocados e, quando chegaram, trocaram tiros com presos que estavam atrás dos muros da cadeia. Um dos presos, não identificado, se feriu. Oito detentos reivindicavam carro e armas para fugir e ameaçavam colocar fogo nos reféns. Às 19h50, o refém Onivaldo Lima Sena foi liberado por ter problemas cardíacos. O número de feridos foi estimado entre 10 e 18. Em seguida os presos dominaram as salas da administração. Para evitar que tomassem o saguão principal, às 21h05 um grupo de 25 PMs encapuzados ocupou o local. Até as 22h30 não confronto. Texto Anterior: Governador quer fechar presídio em Porto Alegre Próximo Texto: Levar bebida ao restaurante é para poucos Índice |
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