São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995
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Florianópolis abre museu para contar história de seu Carnaval

SILVIA QUEVEDO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Florianópolis (SC) está oferecendo uma nova atração aos milhares de turistas que a visitam —o Museu do Carnaval. Inaugurado na semana passada, ele vai contar a história do Carnaval na cidade.
Instalado no portal turístico de entrada da Ilha, um prédio de arquitetura colonial portuguesa, o museu é o segundo do gênero no país. O primeiro fica no Rio e foi instalado pelo governador Brizola.
O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal do Turismo na atual administração do prefeito Sérgio Grando (PPS), em parceria com empresas que "doaram seu serviço", segundo o secretário Homero Gomes (PDT), 29.
Gomes afirmou que o museu busca resgatar o Carnaval como "elemento cultural importante" a turistas e moradores. "No Brasil, de um modo geral a história do Carnaval fica um pouco na casa de cada um e por isso é muito segmentada", declarou.
Montado pelo carnavalesco Luis Santana, que assumiu sua direção, o museu foi inaugurado há dez dias, mas fechou durante o Carnaval, acompanhando o ritmo de feriado na Secretaria do Turismo, que fica no mesmo prédio.
A partir de hoje, segundo Gomes, começam a ser definidas suas normas de funcionamento. É provável que o museu dedique um mês de homenagem a cada carnavalesco, devido ao grande número de fantasias e material coletado.
A inauguração aconteceu com a exposição de 11 fantasias de luxo e originalidade. Haverá ainda acervo de fotos, documentos históricos e uma galeria de imagem e som.
Para o secretário, o espaço será especialmente importante para os jovens. "Os estudantes terão acesso a esta parte rica da cultura. Eles estão trocando o samba pelo reggae ou rap. Gravando marchinhas e sambas-enredo, estamos fortalecendo o samba, que é cultura popular por excelência", disse.
O museu deverá ficar aberto o ano inteiro, inclusive nos fins-de-semana. O ingresso, até agora gratuito, poderá ter um preço simbólico. "Como em todo lugar do mundo, um museu precisa sobreviver. É possível que passemos a cobrar uma contribuição voluntária para sua manutenção", disse Gomes.

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