São Paulo, domingo, 5 de março de 1995
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Pesquisa revela muito interesse por história

DA REPORTAGEM LOCAL

O paulistano tem grande interesse pela história das civilizações. É o que revela pesquisa feita pelo Datafolha dez dias antes do lançamento dos dois primeiros fascículos do atlas histórico Folha/"The Times".
O Datafolha constatou que 47% dos entrevistados têm muita curiosidade em conhecer fatos da história da humanidade.
Esse desejo, segundo a pesquisa, é maior entre os homens (50%) e entre as pessoas com idade superior a 26 anos (veja quadro).
Por nível de escolaridade, obter mais informação sobre a história da humanidade é importante para 46% das pessoas com até 1º grau e para 56% dos entrevistados com nível de escolaridade superior.
A história do Brasil atrai 43% dos paulistanos. Um dado relevante nesse caso é o quanto o assunto desperta interesse entre as pessoas com até 1º grau (48%), o que pode também ser resultado da cobrança natural e imediata das escolas.
Entre os que têm nível superior, 46% consideram importante saber mais sobre o passado do país.
Por faixa etária, a pesquisa revela que o desejo de conhecer melhor a história brasileira aumenta conforme a idade do entrevistado. O maior índice (59%) fica para os que têm mais de 41 anos.
A pesquisa apontou também a preferência dos entrevistados em relação às matérias do currículo escolar. Matemática e português aparecem entre as prediletas, com 36% e 19%, respectivamente.
História é a terceira colocada na pesquisa, com 15% das preferências dos entrevistados.
Mas há que se ressaltar que matemática e português podem ser considerados "artigos de primeira necessidade". São teoricamente mais importantes no dia-a-dia.
Apesar de colocar a história em terceiro lugar, o paulistano se acha aluno exemplar na matéria.

Desempenho
Os números são significativos. A maioria absoluta dos paulistanos (54%) afirma ter obtido um desempenho ótimo ou bom em história. O percentual aumenta de acordo com a escolaridade: 43% entre os que têm até 1º grau, 63% dos que possuem 2º grau e 71% entre aqueles de nível superior.
Apenas 6% afirmam que eram péssimos alunos de história.
A pesquisa aponta também que o paulistano gostaria de ter melhores professores da disciplina.
Para 34%, a qualidade dos mestres é o principal problema que enfrenta nas aulas de história. Os homens (38%) e os mais jovens (40%), com idade entre 16 e 25 anos, são os que mais se queixam.
Mas 25% dos paulistanos admitem que o grau de empenho na matéria é o maior obstáculo. Outros 19% creditaram suas dificuldades à qualidade dos livros.

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