São Paulo, domingo, 5 de março de 1995
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Produção industrial fica estável em janeiro

DA REDAÇÃO E DA REPORTAGEM LOCAL

Para 40,6% dos micro e pequenos empresários, a produção industrial se manteve estável em janeiro em relação a dezembro de 1994, segundo levantamento mensal dos Indicadores Folha-Sebrae.
Na opinião de 40% dos entrevistados, a produção industrial diminuiu no mesmo período. Apenas 19,4% afirmam ter aumentado a produção.
O mês de dezembro registrou uma pequena queda no nível de emprego (-0,3%), mas o crescimento foi retomado em janeiro deste ano.
A mádia da mão-de-obra ocupada total em janeiro ficou em 1,9%, na comparação com dezembro do ano passado.
O crescimento se deu em Salvador, Recife, Belo Horizonte e São Paulo —e decresceu nas demais (Porto Alegre e Curitiba).
Todas as regiões pesquisadas, exceto Curitiba, apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas na produção.
Houve crescimento no nível de mão-de-obra em todos os segmentos pesquisados, exceto vestuário (ver tabela acima).
A média da utilização da capacidade instalada de todas as regiões ficou em 72% no mês de janeiro.
Comparada com o mês anterior, o índice ficou em -1,4%. Confrontando com janeiro de 1994, o crescimento foi de 12,5%.
Segundo Marco Antônio de Souza Aguiar, consultor do Sebrae e coordenador da pesquisa, a redução da capacidade instalada aconteceu também em empresas paulistas.
"Muitas vezes a empresa reduziu as instalações de um mês para o outro, mas continua produzindo tanto quanto antes ou mais," diz ele.
Uma das hipóteses levantadas por ele é que a empresa tenha se informatizado, aplicado programas de gerenciamento ou simplesmente aprendido a reorganizar seu espaço de trabalho.
Para Aguiar, essa análise também serve para outros Estados. Ele afirma que, em Salvador, Recife e Belo Horizonte, os índices que apontam queda na capacidade instalada de dezembro de 1994 para janeiro de 1995 não podem ser tomados como uma queda na produção da empresa.

Salários
Em janeiro, 49,9% das empresas tiveram um custo médio de mão-de-obra entre dois e cinco salários mínimos; 22,1% das empresas encontram-se na faixa de dois a cinco mínimos; 22,1% na faixa de mais de cinco até dez mínimos.
Apenas 5,4% das empresas gastam de dez a 20 mínimos com a mão-de-obra. Das empresas entrevistadas, 0,3% gastou mais de 20 mínimos com a mão-de-obra.
Foi observado desde janeiro do ano passado que há um deslocamento do custo da mão-de-obra para as faixas mais altas de salários mínimos.

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