São Paulo, domingo, 5 de março de 1995
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Vendas e produção aumentam

DA REPORTAGEM LOCAL

As pequenas e microempresas que participam da pesquisa Indicadores Folha-Sebrae em Salvador também registraram crescimento e aumento da produção.
A Ayara Indústria e Comércio de Confecções, que tem oito funcionários e está há dez anos no mercado, é um dos exemplos.
Iara Brito Silva, 33, proprietária da Ayara, conta que mudou o perfil produtivo de sua empresa durante os dois anos de publicação da pesquisa.
Ela e a sócia Ilma Silva Silveira atuavam na produção total de peças com marca própria.
"De 1993 para cá, a produção própria caiu para 20%, enquanto passamos a prestar serviços de costura e acabamento para outras empresas", diz.
O faturamento mensal médio da Ayara é de cerca de R$ 12 mil. Iara afirma que esse valor cresceu 40% em dois anos.
O uso da capacidade produtiva média para as indústrias do setor de vestuário, apresentada pela pesquisa, aumentou de 60% em janeiro de 1993 para 64% em janeiro deste ano.
Para a Iara, o desempenho da produção superou os dados da pesquisa. "Passamos de uma ociosidade da capacidade de 50% para apenas 20%", afirma.
A Indústria de Madeiras Simões registrou um aumento de 30% no seu faturamento no ano de 1994 em relação a 1993.
Segundo Jobel Prazeres Filho, 37, sócio da Simões, o crescimento se deu principalmente no segundo semestre do ano passado, depois da implantação do Plano Real.
"O aumento das vendas foi grande, o que nos fez aumentar também a produção", diz Prazeres Filho.
Ele afirma não ter dados percentuais sobre esse aumento de produção, mas acredita que tenha superado 30%.
Mesmo com o crescimento das vendas e da produção, o empresário diz não ter contratado novos funcionários. "Nesse período conseguimos estabilizar nosso quadro em 49 empregados", diz.
A Sallopet Confecções, inaugurada no início de 1993, também cresceu no segundo semestre do ano passado.
Segundo Rosilene Cunha do Nascimento, 30, dona da confecção, o faturamento da empresa em 1994 cresceu 70% em relação ao ano anterior.
"No começo tinha apenas uma funcionária, agora já estamos com quatro costureiras e duas auxiliares", afirma.
"O Plano Real não impediu que alguns fornecedores quisessem elevar os preços dos tecidos. Mesmo assim, conseguimos aumentar nossa produção, manter a qualidade sem elevar os preços."
Neste ano, o crescimento do negócio obrigou a proprietária a se mudar para um espaço maior. A Sallopet funciona atualmente num dos shoppings da região central de Salvador.

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