São Paulo, terça-feira, 7 de março de 1995
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Entidades pró-animais condenam grupo antiterror da Scotland Yard

ROGÉRIO SIMÕES
DE LONDRES

O governo britânico estuda a criação, dentro da Scotland Yard (polícia), de um grupo para combater o terrorismo de entidades de defesa dos direitos dos animais.
Entidades de defesa dos animais criticaram a medida, que segundo eles seria utilizada para reprimir manifestações pacíficas dos que nunca utilizaram a violência.
Peter Stevenson, diretor do CIWF (Compassion in World Farming), disse que a grande maioria dos militantes nunca esteve ligada a terrorismo.
"Na verdade, 99,9% das pessoas envolvidas nos protestos são pessoas comuns e decentes, que se manifestam pacificamente", disse.
A ação do governo visaria principalmente o grupo ALF (Animal Liberation Front), responsável por 32 bombas enviadas no ano passado a fazendeiros e companhias de transporte que trabalham com o comércio de animais.
Um porta-voz da entidade disse que o novo esquadrão é apenas uma idéia para ocupar policiais "que têm pouco para fazer, agora que não precisam se preocupar com a Irlanda".
Entre as ações do ALF está o envio, em janeiro, de um envelope com lâminas de barbear para o ministro da Agricultura, William Waldegrave, depois que foi revelado que sua fazenda vendia animais vivos para países europeus.
Segundo o jornal "The Daily Telegraph", o chefe do novo esquadrão seria David Tucker, que reuniria policiais com experiência no combate às ações do IRA (Exército Republicano Irlandês).

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