São Paulo, quinta-feira, 9 de março de 1995
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TCE vai investigar serviço de agência de publicidade prestado ao governo

DA "FT"

O plenário do TCE (Tribunal de Contas do Estado) aprovou ontem a realização de auditoria especial para apurar se a agência de publicidade GW está trabalhando para o governo do Estado sem licitação.
A contratação de serviços de publicidade sem concorrência pública é proibida pela legislação.
Segundo o governo, a GW não cobra pelas filmagens que faz.
A empresa de publicidade GW fez a campanha eleitoral de Mário Covas (PSDB) e, desde a posse do governador, vem gravando os principais eventos com a participação do tucano.
As gravações estavam sendo passadas para emissoras de televisão do interior.
O secretário de comunicação do Estado, Alexandre Machado, confirmou que não houve licitação. Ele disse que a GW preta serviços gratuitamente porque tem ligações "sentimentais com Covas".
O conselheiro do TCE Eduardo Bittencourt Carvalho propôs a auditoria com base em reportagem publicada pela Folha em 28 de fevereiro.
O professor de direito constitucional da USP Manoel Gonçalves Ferreira Filho disse que a operação é ilegal. Outros professores de direito e advogados classificaram a operação de "suspeita".
A preços de mercado, o trabalho feito pelo GW custaria entre R$ 100 mil e R$ 150 mil por mês.

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