São Paulo, quinta-feira, 9 de março de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Juventus e Novorizontino empatam em partida de baixo nível técnico
MÁRIO MOREIRA
Com o resultado, o time da Moóca permanece em último lugar no Campeonato Paulista, com três pontos em sete jogos. Apesar de sua situação na tabela, o Juventus não soube aproveitar o fato de atuar em casa contra a equipe que estava em antepenúltimo lugar. Com jogadores fracos tecnicamente, como o zagueiro Camilo e o meia Luisão, o Juventus pouco ameaçou. Nos últimos minutos do segundo tempo, o técnico Vanderlei Paiva pedia, aos berros, para que seus jogadores avançassem para tentar a vitória. Em toda a partida, o Novorizontino mostrou-se mais organizado e com jogadores de melhor qualidade que seu adversário. A equipe congestionava a entrada de sua área e saía em contra-ataques rápidos, puxados por Paulinho e Carlos Zara. O Juventus, por sua vez, exibia total falta de criatividade no meio-campo e nenhum poder de penetração. Em todo o jogo, o Juventus teve apenas duas oportunidades claras de gol. A primeira foi aos 7min do primeiro tempo, após uma falta cobrada por Esquerdinha da ponta direita: Fernando Cruz cabeceou e Maurício defendeu no reflexo. A segunda ocorreu aos 47min do segundo tempo, quando o time partiu em desespero ao ataque para tentar a vitória: Silva chutou da meia-lua da área e Maurício espalmou a escanteio. Na metade da segunda etapa, o técnico Vanderlei Paiva substituiu Fernando Cruz e Esquerdinha por Silva e Ramos, respectivamente, para tentar aumentar o poder ofensivo do Juventus. As alterações acabaram não surtindo efeito porque a bola não chegava aos atacantes em condições de finalizarem. Além disso, o time de Novo Horizonte não se descuidava da marcação em nenhum momento. O Novorizontino conseguiu criar cinco chances de gol. Na melhor delas, aos 14min do segundo tempo, Paulinho chutou em cima do goleiro Gilmar. O próprio Paulinho apanhou o rebote e, sem ângulo, cruzou para Nei Jr., que cabeceou por cima do travessão. O Novorizontino já havia obrigado Gilmar a fazer duas defesas difíceis no primeiro tempo, ambas através de Anderson: aos 14min, após receber um cruzamento da direita, e aos 16min, aproveitando um escanteio da esquerda. O forte calor que fazia ontem à tarde pareceu contribuir para o mau desempenho das duas equipes. Em diversos momentos, os jogadores pareciam mais preocupados em apanhar os copinhos d'água atirados dos bancos de reservas do que com o desenvolvimento da partida. Até o juiz José Mocellin pediu um copinho ao banco do Juventus. O objeto foi atirado, mas caiu no gramado e o líquido escorreu pelo campo.(Mário Moreira) Texto Anterior: Notas Próximo Texto: São Paulo vai lançar campanha de doações para reformar Morumbi Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |