São Paulo, quinta-feira, 9 de março de 1995
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Passageiro tem faqueiro com talheres de aeronaves

LUCIANA VEIT
DA REPORTAGEM LOCAL

Roberto Nicolau Fernandes, 71, é o que se pode chamar de um colecionador de suvenires. Num período de vinte anos, viajando por cerca de 70 países, Fernandes montou um faqueiro com 170 peças de 51 companhias aéreas.
O método era simples: deixar cair, discretamente, um talher no chão. Recolhida a bandeja, era só esconder na bolsa ou no paletó.
Fernandes nunca foi repreendido. "O talher que me deu mais apreensão foi da Aeroflot (empresa russa), fiquei temeroso no desembarque porque o regime comunista era muito duro naquela época", diz ele.
Na sua coleção há talheres de prata, inox e alguns com cabo imitando marfim. Das companhias nacionais, Fernandes só não possui talheres da TAM.
O faqueiro já foi utilizado em um jantar para cerca de 60 pessoas. Uma garrafa de uísque seria sorteada para quem estivesse com os talheres de determinada companhia. Seu neto, que estava com talheres da Aeroflot, ganhou.
(LV)

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