São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 1995 |
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Local da refinaria só sai após reforma
FRANCISCO SANTOS
Na Petrobrás, é tido como certo que a definição sobre o local onde será construída uma nova refinaria no Norte/Nordeste deverá ficar mesmo para depois da reforma constitucional. A empresa já concluiu os estudos técnicos sobre o assunto e o resultado foi um virtual empate, com ligeira vantagem para Pernambuco. Disputam também a localização da refinaria os Estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Pará. A Folha apurou que a intensa disputa pela obra, avaliada em US$ 1,6 bilhão, levou o governo a concluir que o momento não é adequado para definir o local. A Petrobrás não quer arcar com o ônus da definição, argumentando que à empresa cabe apenas apresentar os estudos técnicos. Ainda mais agora, que é dada como certa a permanência do presidente Joel Rennó no cargo. A tese de deixar a definição para após a reforma foi levantada pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). A expectativa da governadora é de que a reforma aprove a quebra do monopólio estatal do refino do petróleo, abrindo espaço para a iniciativa privada instalar refinarias onde desejar. O primeiro resultado prático para a Petrobrás da desvalorização do real é o aumento do valor da sua dívida de mais de US$ 3 bilhões. A valorização do real em 94 foi um dos principais motivos do lucro de US$ 1,7 bilhão apresentado pela estatal no final do exercício. Haverá também um encarecimento do petróleo importado (45% do consumo). A empresa quer evitar entrar em polêmica sobre um eventual aumento de preços. Ainda mais agora, que é dada como certa a confirmação do presidente Joel Mendes Rennó no cargo. Texto Anterior: O governo fica feliz Próximo Texto: Paranaguá pode pagar indenização de R$ 50 mi Índice |
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