São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 1995 |
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Paranaguá pode pagar indenização de R$ 50 mi
MÔNICA SANTANNA
O diretor administrativo do porto, Joaquim Vanhoni, disse ontem que a assessoria jurídica está realizando uma "blitz" nas ações ainda não julgadas para evitar que o Estado pague as indenizações. "Estamos fazendo um esforço concentrado para entrar com medidas cautelares e questionar esse alto valor", afirmou. Segundo ele, o valor se refere a "algumas" ações coletivas. Até dezembro de 94, a administração do porto de Paranaguá havia pago R$ 15 milhões de indenização para 2.000 funcionários. Esse grupo ainda tem direito, segundo Vanhoni, a um saldo de R$ 8 milhões, cujo pagamento está sendo parcelado. "Os valores são concentrados e muito altos", disse o diretor. O ouvidor-geral do governo do Paraná, João Elias de Oliveira, disse que a maioria das ações diz respeito ao pagamento de horas extras e ressarcimento de perdas dos planos econômicos. Segundo Oliveira, as ações deram entrada na Justiça a partir de 1990. Ele determinou a realização de uma auditoria no porto para avaliar a situação atual. "Se o porto tiver que cumprir todas as decisões judiciais de uma só vez o seu funcionamento fica inviabilizado", afirmou Oliveira. Ele pretende negociar com os sindicatos dos Portuários e dos Arrumadores de Paranaguá um acordo para protelar o pagamento. Paranaguá tem 1.100 funcionários diretos e cerca de 6.000 avulsos. Texto Anterior: Local da refinaria só sai após reforma Próximo Texto: Vale e BNDES discutem privatização Índice |
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