São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estado investiga bombeamento de rio para Billings

FABÍOLA SALANI
DA FOLHA ABCD

O secretário estadual do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, 39, vai pedir explicações sobre o bombeamento do rio Pinheiros realizado na sexta-feira da semana passada e na última segunda.
O bombeamento para a represa Billings (na região do ABCD) foi feito pela Eletropaulo (Eletricidade de São Paulo S/A), que alegou que teria chovido sobre o rio Pinheiros como o motivo para acionar a operação.
O 7º Distrito do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) informou que, dos dias em que o bombeamento aconteceu, só houve registro de chuvas no sábado na capital.
O superintendente de operações do sistema da Eletropaulo, Sidney Simonaggio, 37, havia dito anteontem que os bombeamentos aconteceram por causa de chuvas ocorridas antes do início das operações.
É a primeira vez que um secretário do Meio Ambiente solicita explicações à Eletropaulo sobre o bombeamento para a Billings.
Atualmente, a empresa só pode acionar a operação mediante regras estabelecidas em uma resolução assinada em 1992.
Dela constam aumento da vazão do rio Tietê na confluência com o Pinheiros acima de 160 m3/segundo, necessidade de envio de água para a usina Henry Borden, em Cubatão, formação de espuma no Tietê acima do espelho d'água e aumento repentino de algas no Tietê, na região metropolitana.
A assessoria de imprensa da Eletropaulo informou que a empresa só vai se manifestar após o recebimento do pedido de informações do secretário.
Após receber a resposta da empresa, o secretário vai decidir que medida tomar em relação ao bombeamento realizado.

Texto Anterior: Cidades paulistas 'exportam' mendigos
Próximo Texto: Prefeitura desinterdita parcialmente clube em SP
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.