São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
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Empresas querem que fundo financie obras

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As empreiteiras pretendem arrancar do presidente Fernando Henrique Cardoso cerca de R$ 10 bilhões até o final de seu governo para manter e conservar a malha rodoviária brasileira.
A origem deste dinheiro seria o FNT (Fundo Nacional de Transportes), que seria criado a partir da vinculação de recursos de imposto cobrado sobre os combustíveis.
As construtoras têm crédito ainda não pagos de R$ 150 milhões junto ao DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagens), por conta de serviços realizados entre outubro e dezembro de 94.
Os empresários do setor estão irritados com o governo, que não previu recursos orçamentários para a conservação de estradas neste primeiro trimestre do ano.
O presidente da Aneor (Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias), José Alberto Ribeiro, disse ontem que são necessários investimentos de R$ 2,5 bilhões por ano para recuperar 30% das rodovias do país, que estão "em péssimas condições".
Ribeiro esteve reunido ontem com o presidente da Câmara dos Deputados, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), para tratar da questão.
Ele se encontra hoje com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
O presidente da Aneor —entidade que reúne cerca de 300 empreiteiras de pequeno, médio e grande porte— entregou a Magalhães um inventário que mostra detalhadamente a situação das estradas do país.
Ele afirmou que o país perdeu 12 milhões de toneladas de grãos em 1993 (20% da produção nacional) por causa da má conservação das rodovias.

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