São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
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Pimenta mantém renúncia à presidência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E

O ex-presidente do PSDB, Pimenta da Veiga, disse ontem ao presidente Fernando Henrique Cardoso, em café da manhã no Palácio da Alvorada, que não voltará atrás na renúncia do cargo.
"Eu disse ao presidente que a decisão tinha razões fortes e está mantida. Não volto à presidência do partido", disse. Ele negou estar "magoado" por FHC não ter lhe dado apoio nos atritos com o secretário-geral do PSDB e ministro das Comunicações, Sérgio Motta.
"Mantenho com o presidente uma relação de muita amizade, muito respeito e muita admiração. A política tem suas razões. Não tenho nenhuma mágoa", disse. Segundo ele, "é natural que surjam algumas dificuldades".
Azeredo
O governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), disse ontem ser contra a ofensiva tucana para ampliar as bancadas no Congresso e nas Assembléias Legislativas. Para ele, o PSDB corre o risco de perder a sua identidade se a ofensiva anunciada pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, José Anibal (SP), se concretizar.
"O inchaço faz com que o partido perca identidade. A porta está aberta, mas não está escancarada", disse Azeredo, condenando a tese de Sérgio Motta.
Para resolver as dificuldades políticas que o governo vem enfrentando no Congresso, Azeredo disse que basta aliar os partidos que apoiaram FHC na campanha.
Azeredo foi a Brasília anteontem se encontrar com Pimenta da Veiga (PSDB-MG) e retornou a Belo Horizonte disposto a tentar o que chamou de "reviravolta". Ele queria a volta de Pimenta à presidência nacional do PSDB.
Motta disse ontem, no programa "Roda Viva", que aceita deixar a secretaria-geral do PSDB se um paulista ocupar o cargo.
Colaborou a Redação

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