São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Papa da reegenharia fala sozinho em Brasília

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O encontro do consultor do governo norte-americano David Osborne, o papa da reegenharia, com os ministros brasileiros envolvidos com a reforma do Estado se frustrou. Osborne deveria almoçar com oito ministros, mas somente dois compareceram.
Com um olho na reegenharia, que supõe a total redefinição de métodos administrativos, o ministro da Administração Federal e Reforma do Estado, Luiz Carlos Bresser Pereira, justificou as ausências como consequência de "crises que os governos vivem".
David Osborne é o autor do livro "Reinventando o Governo: Como o Espírito Empreendedor está Transformando o Setor Público" e suas idéias serão utilizadas para fazer a reforma do Estado brasileiro se depender da equipe de FHC.
Osborne é consultor do presidente Bill Clinton, dos Estados Unidos, e guru do ministro Clóvis Carvalho (Casa Civil). Articulador político de FHC e o mais poderoso na hierarquia implantada pelos tucanos, Carvalho não foi ao almoço porque estava às voltas com a crise do governo com o Congresso.
Dorothéa Werneck (Indústria, Comércio e Turismo) compareceu ao almoço. Pedro Malan (Fazenda) e Adib Jatene (Saúde) estavam envolvidos com a negociação da MP 935, que retira verbas da Seguridade para diminuir o déficit do Tesouro Nacional.
Nelson Jobim (Justiça) e Paulo Renato Souza (Educação) confirmaram presença, mas não apareceram. O governo brasileiro poderá ter Osborne como consultor. Bresser disse ontem que pretende apresentar esta proposta a FHC.
Osborne disse que é contra a estabilidade do funcionalismo, mas defendeu mecanismos de proteção, como acontece nos EUA.

Texto Anterior: Indicações do Planalto geram confusão
Próximo Texto: Itamar triplicou gasto de publicidade em 94
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.