São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995 |
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Itamar triplicou gasto de publicidade em 94
XICO SÁ; NELSON BLECHER
A soma gasta no seu último ano de governo representa quase o triplo das despesas de 1993 —US$ 70,9 milhões. Com essa performance de 1994, Itamar supera o ex-presidente Collor, que gastou US$ 75,3 milhões em 1991. Os números fazem parte do levantamento anual realizado pela Nielsen Serviços de Mídia, divulgados ontem. As estatais lideram o ranking dos gastos do governo federal no ano passado. A Telebrás, por exemplo, dona de um monopólio e livre de concorrentes no mercado, é campeã em publicidade, com despesa de US$ 48,8 milhões. Com esse índice, a estatal passou à condição de 14º maior anunciante do país, incluindo o setor privado. É uma verba publicitária maior do que a do Bamerindus, um dos maiores anunciantes brasileiros. No ano passado, o governo Itamar repassou para os cofres da Telebrás gastos com campanhas que não tinham nenhuma ligação direta com a telefonia brasileira. Foi o caso, por exemplo, da publicidade para reforçar a idéia de que o real era uma moeda forte, capaz de mudar a vida do país. Os anúncios foram veiculados na mesma época da campanha eleitoral do candidato governista, Fernando Henrique Cardoso. Em 1993, o levantamento da Nielsen aponta um gasto de US$ 723 mil na Telebrás com publicidade. Com esse montante, a estatal não estava nem mesmo entre os dez maiores gastadores do governo. No ano passado, quem desapareceu da lista dos dez maiores anunciantes federais foi o Ministério da Educação. Em 93, essa pasta mereceu US$ 14,3 milhões —a terceira maior fatia de despesas da administração. Depois da Telebrás, o Banco do Brasil foi o maior gastador, com US$ 46,8 milhões no ano passado. LEIA MAIS Sobre a pesquisa da Nielsen à pág. 2-1 Texto Anterior: Papa da reegenharia fala sozinho em Brasília Próximo Texto: São Paulo lidera entre Estados Índice |
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