São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
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Desaparecimento de advogado gera protesto

DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria da Segurança do Estado investiga o desaparecimento do advogado Marcos Antônio Rufino da Cruz, visto pela última vez em 26 de novembro no morro do Fubá, em Campinho (zona norte). A família de Rufino e os funcionários da Fundação Biblioteca Nacional, onde ele trabalhava, afirmam que ele desapareceu durante um cerco do Exército ao morro, durante a Operação Rio.
Segundo Bartolomeu Pinto, presidente da associação de funcionários da biblioteca, Rufino estava num churrasco e foi até o morro do Fubá com um amigo comprar cerveja. "O amigo ficou no carro. Como Rufino demorou, o amigo voltou ao churrasco e avisou todos. Rufino nunca mais foi visto."
A família de Rufino teve informações de que ele estava na Polinter (Delegacia de Capturas e Polícia Interestadual) e que de lá foi transferido ao presídio da Água Santa. O diretor da Polinter, Luís Torres, negou o fato.
O porta-voz da Operação Rio, coronel Ivan Cardozo, disse que o advogado Marcos Rufino nunca foi preso ou detido por tropas militares. A direção da Biblioteca Nacional encaminhou um documento ao Comando Militar do Leste pedindo informações sobre o caso. Os funcionários vão fazer uma manifestação sexta nas escadarias da Biblioteca.

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