São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
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Apreensão de crack supera a de coca em SP

SARA SILVA
DA FOLHA SUDESTE

O número de apreensões de crack em Campinas (SP) ultrapassou o de cocaína neste ano, segundo o delegado titular da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes), Ricardo de Lima, 39.
Ele afirma que 70% dos flagrantes feitos até agora são de crack e 30% de cocaína. A Dise registrou 30 flagrantes em janeiro, 27 em fevereiro e 13 em março.
O delegado afirma que a droga atrai consumidores e traficantes por ser mais rentável. "Com dez gramas de cocaína dá para fazer 30 gramas de crack. A grama do crack custa entre R$ 10 e R$ 15, e a cocaína, entre R$ 15 e R$ 25."
O crack é feito com cocaína misturada com bicarbonato de sódio e água destilada. A droga está sendo fabricada em Campinas e distribuído para a região.
Em Cosmópolis (a 36 km de Campinas), a polícia fez a maior apreensão de crack da cidade no mês passado, quando 710 gramas foram encontradas com dois homens acusados de tráfico.
Prevenção
Segundo Lima, até o mês que vem será implantado na Dise um serviço de educação e prevenção às drogas que será levado para as escolas de Campinas. A polícia diz que antes não havia nenhum levantamento que demonstrasse o crescimento do tráfico da droga.

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