São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
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Órgão diz ter avisado Prefeitura de São Vicente de risco de deslizamento

MARCUS FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A diretora do Cepel (Centro de Ensino e Pesquisas do Litoral), Myrna Rossi, disse ontem que a Prefeitura de São Vicente (SP) poderia ter evitado a morte de quatro crianças em um soterramento no sábado no Morro Parque Prainha.
Segundo a diretora do Cepel, laudo feito pelo instituto foi entregue à prefeitura em fevereiro indicando a necessidade de retirar as famílias do local do deslizamento.
Rossi disse que o laudo foi enviado também para a Polícia Florestal, Curadoria do Meio Ambiente de São Vicente e governo do Estado. O prefeito de São Vicente, Luiz Carlos Luca Pedro (PT), disse que 100 mil pessoas na cidade vivem em áreas de risco.
"O município não tem suficiência para dar respostas à situação colocada. O Estado por sua vez se omite", disse Pedro, em nota à imprensa divulgada ontem.
Ele e o governador Mário Covas sobrevoaram às 17h30 a cidade, que está em estado de calamidade pública em razão das chuvas. Mais de 130 pessoas estão desabrigadas.
Praia Grande também está em estado de calamidade pública. Estão sem moradia cerca de 70 pessoas. Em Santos, os 17 morros da cidade estão em estado de alerta.
No Guarujá, a Defesa Civil registrou 12 deslizamentos de terra desde sábado passado. Mais de 70 pessoas estão desabrigadas.

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