São Paulo, quarta-feira, de dezembro de |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Seca no sertão de AL atinge 400 mil pessoas
ARI CIPOLA
Ainda não choveu este ano nos municípios relacionados no relatório. O documento não estima o valor das perdas econômicas, mas cobra saídas para minimizar a miséria decorrente da seca. Com as perdas em lavouras de feijão, mandioca, fumo e na pecuária, os prefeitos cobram do governo federal a criação de frentes de trabalho, distribuição de alimentos e água para os moradores. A situação é pior em Arapiraca, no agreste, onde não chove há oito meses. O prefeito Severino Leão (sem partido) decretou estado de emergência, o que facilita os trâmites burocráticos para a compra de alimentos e remédios. Com 200 mil habitantes, Arapiraca é o segundo maior município do Estado, perdendo apenas para a capital, Maceió. Na zona urbana, os 150 mil moradores estão sofrendo com o racionamento de água há quatro meses. Segundo o prefeito, o centro comercial só recebe água nas torneiras de quatro em quatro dias e por três horas. "Na periferia é pior, porque a água só chega uma vez por mês", afirmou. A falta de água potável fez o prefeito cortar até o cafezinho na prefeitura. Agora, o cafezinho é feito apenas para autoridades de fora da cidade com água mineral. Arapiraca é conhecida como "a capital do fumo-de-corda" por ser o maior produtor deste tipo de fumo no país. A Associação dos Agricultores da Região Fumageira de Alagoas estima que haverá, caso chova nos próximos dias, perda de 20% da safra de fumo em 95. Em consequência do clima, que provocou quebra também na safra de 94, vários pequenos produtores de fumo estão sendo executados judicialmente por bancos pelo não-pagamento de dívidas. Texto Anterior: Polícia prende dono de concessionária Próximo Texto: Órgão diz ter avisado Prefeitura de São Vicente de risco de deslizamento Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |