São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995 |
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Globo ameaça afastar Dedé Santana
RONI LIMA
Para evitar sua saída do programa, a direção da emissora quer que Santana assine carta se comprometendo a não usar mais o nome da Globo e também de "Os Trapalhões" nessas campanhas. O procurador do comediante, Álvaro Pereira, disse desconhecer a exigência da carta. Segundo ele, Santana é empregado da Globo e deve obediência à emissora, mas não falaria à Folha "em cima de hipóteses" —no caso, se assinaria a carta ou não. Pereira disse que "pode acontecer" de algumas pessoas usarem o nome da emissora e do programa em campanhas evangélicas. "Mas isso foge de nossa orientação e controle." Para a Globo, Santana não mais gravará o programa caso se negue a assinar a carta. A emissora reconhece o direito do comediante de exercer seu credo religioso, mas sem usar o prestígio da Globo. Ainda sem horário definido, a versão 95 de "Os Trapalhões" está prevista para ir ao ar em abril, misturando gravações novas e antigas, quando o grupo contava com Mussum e Zacarias, já mortos. A conversão religiosa de Dedé Santana ocorreu há cerca de um ano e meio, quando teve uma doença grave na pleura e no coração. "Ele vivia bombardeado e se internou em vários hospitais. Dedé atribuiu sua cura a um milagre", disse Pereira. Santana começou a visitar o Lar Frei Luiz —um centro espiritualista em Jacarepaguá (zona oeste). Depois, Santana ingressou na Assembléia de Deus de Madureira (zona norte), mas desistiu de frequentar os cultos diante do tumulto que causava. Hoje, faz suas orações em casa —além de participar de eventos e campanhas evangélicas no país e até nos EUA, organizados em geral pela Adhonep (Associação dos Homens de Negócios dos Evangélicos Plenos). Texto Anterior: Projeto oferece gravações de poemas pelo telefone Próximo Texto: TVA transmite dois novos canais em junho Índice |
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