São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
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Leio Cony; Lei Cintra; Obra para quem paga imposto; Ricardo Semler; Folha dos especuladores; Irresponsabilidade geral; Cinemateca ameaçada; Toma que o filho é teu; Aposentadoria de papel; Escolha; Evangélicos

Leio Cony
"O ministro Luiz Carlos Bresser Pereira perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado (Painel do Leitor, 14/03). Se ele não lê o Cony, azar o dele. Cony é, juntamente com todos os nomes citados pelo ministro, uma das jóias da coroa da Folha. O passado e o presente de Cony são o melhor atestado de um jornalista sério, bem humorado, inteligente e perspicaz."
Henrique Veltman (São Paulo, SP)

Lei Cintra
"Desejo cumprimentar a Folha pela matéria publicada no dia 10/03, sobre a aprovação do Certificado de Potencial Adicional de Construção —Cepac. A cobertura dada ao assunto mostra a importância da iniciativa. Entretanto, gostaria de aduzir algumas considerações. Em face das agudas e restrições orçamentárias e do esgotamento das fontes tradicionais de financiamento público, propus a criação desse instrumento que soluciona dois problemas: suprir recursos para financiamento não-tributário dos gastos públicos em infra-estrutura e absorver para a sociedade os benefícios por eles gerados, habitualmente apropriados por segmentos do setor privado. Não procedem as críticas de que o Cepac interfere com o zoneamento, que continua regido pela atual legislação. Igualmente não procede a alegação de que ele não pode ser emitido sem autorização do BC, pois: 1) não tem valor de face, 2) não tem data de vencimento e 3) não tem valor de resgate. Logo, não é título financeiro. A iniciativa pioneira do Cepac poderá contribuir para um novo paradigma de financiamento de investimentos públicos, não apenas em São Paulo, mas também em outras cidades no Brasil e no exterior."
Marcos Cintra, economista e vereador pelo PL (São Paulo, SP)

Obra para quem paga imposto
"É insidiosa e leviana a reprodução (Folha, 10/03, matéria 'Falando demais') de frase atribuída a mim e que eu nunca disse. Em carta publicada por esse jornal (11/02) contestei, veementemente, tenha eu dito que a prefeitura só 'faz obra para quem paga imposto'. Isto é uma invenção mentirosa de uma repórter. É lamentável que a respeitabilidade da Folha não impeça que se volte a estampar em suas páginas uma infamante e falsa atribuição."
Reynaldo Emygdio de Barros, secretário de Vias Públicas do Município de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Alessandra Blanco — O secretário Reynaldo de Barros atendeu a reportagem, por telefone, às 17h20 da quarta-feira, dia 8 de fevereiro. À pergunta por que a prefeitura não fez as pequenas obras necessárias para evitar os desabamentos nas áreas de risco, deu a seguinte resposta: "A cidade tem centenas de áreas de risco. A prefeitura está fazendo obras de grande, médio e pequeno portes para a população que paga impostos e que tem direito de exigir serviços".

Ricardo Semler
"Parabéns à Folha pela excelente qualidade de seus artigos, e em particular pela coluna do Ricardo Semler do último domingo. Ele realmente se superou. O artigo é, sem tirar nem pôr, o retrato acabado e irretocável dessa nossa 'egrégia' (in)justiça!"
Gilberto Rios (São Paulo, SP)

Folha dos especuladores
"Na qualidade de leitor e cidadão brasileiro, sou obrigado a chamar a atenção do Conselho Editorial da Folha para o desserviço prestado ao país com o irresponsável terrorismo econômico que estão promovendo. Espero que o jornal de rabo preso com o leitor não se transforme em um panfleto de rabo preso com os especuladores!"
José Eduardo Bandeira de Mello (São Paulo, SP)

Irresponsabilidade geral
"O jornalista Gilberto Dimenstein, em 'Índice do custo de morte' (12/03), critica o desperdício de recursos governamentais em obras inacabadas no Nordeste. Ele está certo: é preciso mais rigor e seriedade dos homens públicos na aprovação e execução dessas obras. Mas a prática do desperdício, da irresponsabilidade administrativa e social não é privilégio do Nordeste."
Elisabeto Ribeiro Gonçalves (Belo Horizonte, MG)

"Brilhante e justa a idéia do jornalista Gilberto Dimenstein no seu 'Índice do custo de morte' (12/03), sugerindo responsabilizar criminalmente as autoridades públicas que, por incompetência, descaso ou corrupção, ocasionaram, de modo direto ou indireto, a indigência ou a morte de pessoas."
Bismael B. Moraes (São Paulo, SP)

Cinemateca ameaçada
"Muito oportuno o artigo de Rudá de Andrade sobre a pseudocinemateca, leia-se matadouro abandonado. Hoje, em lugar de sediar atividades culturais, o matadouro é alugado para produtoras publicitárias, que usam o espaço para locações de filmes."
Andrea Sendyk (São Paulo, SP)

"Enquanto são comemorados os cem anos do cinema com restauração de fitas, reexibição de obras caídas no esquecimento, publicação estudos e pesquisas sobre o tema, no Brasil, especificamente em São Paulo, Rudá de Andrade (Folha, 13/03) expõe uma grave ferida: nossa cinemateca, com cerca de 20 milhões de metros de filmes, fornecendo um painel da história brasileira deste século, encontra-se gravemente ameaçada."
Narciso Julio Freire Lobo (São Paulo, SP)

Toma que o filho é teu
"Sobre a reportagem 'Mulheres adotam o toma que o filho é teu' (12/03), o depoimento da sra. Lígia Goulart, cujo fútil plano de vida limita-se a frequentar colunas sociais (quando a Folha vai abandonar esse anacronismo?), é na minha opinião uma das matérias mais sórdidas que esse jornal já publicou até hoje."
Frits V. Herbold (São Paulo, SP)

Aposentadoria de papel
"Finalmente o governo federal, através do ministro Reinhold Stephanes, reconhece que a aposentadoria por tempo de serviço não beneficia os pobres (Tendências/Debates, 13/03). O pobre hoje, diz o ministro, paga a conta. Vai mudar alguma coisa com a reforma na Previdência? Ou vai continuar como está, com a aposentadoria valendo apenas no papel?"
Roberto Santiago (São Paulo, SP)

Escolha
"No dia 13/03, em vez de divulgar em sua capa a imagem descabida de um jogador de futebol acaba de ajudar a denegrir mais um pouco nossa imagem no exterior (Edmundo), a Folha deveria ter divulgado, com destaque ainda maior, a vitória do nosso maior atleta individual dos últimos anos na natação (Gustavo Borges)."
Moisés Zylbersztajn (São Paulo, SP)

Evangélicos
"Lamentável que o professor Boris Fausto (Folha, 12/03) insista em classificações generalizantes a respeito dos evangélicos."
Ziel Machado, secretário-geral da Aliança Bíblica Universitária do Brasil (São Paulo, SP)

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