São Paulo, sexta-feira, 17 de março de 1995 |
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Falta quórum na primeira votação dos deputados recém-empossados
GEORGE ALONSO
Apenas 29 deputados compareceram à votação. O quórum mínimo é de 48 deputados. Cada deputado ganha hoje R$ 6.000 por mês. Deveria ser votado o veto do ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB) à emenda do deputado Sylvio Martini (PL). A emenda mantém, como direito adquirido, a aposentadoria a vereadores e prefeitos com apenas oito anos de contribuição. O projeto inicial —proposto em meados do ano passado pelo deputado petista Roberto Gouveia— acaba com esse privilégio. Ontem, a bancada do PSDB não compareceu ao plenário, alegando que precisava estudar melhor o assunto. Dominó e "traição" O "efeito dominó" garantiu a vitória completa —de ponta a ponta— da chapa do deputado tucano Ricardo Tripoli na eleição da Mesa Diretora da Assembléia. A votação, iniciada às 17h de anteontem, logo após a posse dos deputados, acabou às 2h de ontem. Tripoli fora eleito presidente da Assembléia às 19h, vencendo Paschoal Thomeu, do PMDB. Nas votações seguintes, dos outros seis cargos que compõem a Mesa, os candidatos de Tripoli também saíram vitoriosos (veja quadro). A chapa de Tripoli foi formada, além de PSDB e PFL, por um leque de partidos (PT, PPR, PC do B, PL e dissidentes do PMDB) unidos em torno de um programa de reforma administrativa da Casa. Esse bloco tirou do poder a composição PMDB-PTB-PSD, que reinou nos últimos anos. Segundo Milton Monti, líder da bancada do PMDB, o resultado final era esperado: "Depois de perdermos a presidência da Casa, era normal que o resto caísse". Dezoito deputados da bancada do PMDB, reunidos ontem, enviaram à comissão de ética do partido pedido de "punição exemplar" (leia-se expulsão) a cinco deputados acusados de infidelidade. Não compareceram à reunião os peemedebistas Mauro Bragato, José Carlos Tardelli, Fernando Cunha, Luiz Alberto Fratini e Carlos Alberto Bel Correia. Eles são apontados como "traidores", tendo decidido a votação em favor de Tripoli. Seus votos, se fossem pró-Thomeu, garantiriam, na avaliação peemedebista, o empate na eleição da presidência da Mesa. Isso obrigaria nova votação e nela o PMDB teria mais chance. Texto Anterior: Crise do banco prejudica fábrica pioneira em autogestão no país Índice |
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