São Paulo, sexta-feira, 17 de março de 1995 |
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Crise do banco prejudica fábrica pioneira em autogestão no país
JOSÉ BONATO
As dificuldades financeiras do Banespa estão diminuindo as chances de sobrevivência da fábrica de calçados Makerly, a primeira empresa do país a adotar o sistema de autogestão. Localizada em Franca (88 km de Ribeirão Preto), a Makerly emprega 380 funcionários e tinha uma previsão de faturamento de US$ 14 milhões este ano. Segundo o diretor Marco Anareli, 36, a viabilização da empresa depende de uma linha de crédito de cerca de US$ 3 milhões do Banespa para integralizar seu capital social. "O compromisso não foi cumprido e perdemos os contatos dentro do Banespa depois da intervenção. Se o dinheiro não sair, a consequência mais drástica será o fechamento da empresa", afirma. A linha de crédito foi acertada em fevereiro de 94, em contrato assinado entre a empresa e o governo do Estado. A autogestão começou em 92. Pelo contrato, de acordo com Anareli, o capital social da empresa seria de US$ 5 milhões. O governo entraria com US$ 2,5 milhões e a empresa com a outra metade, que seria levantado através de empréstimo do Banespa. Corrigida, a parte dos funcionários soma hoje US$ 3 milhões e cobriria as dívidas e despesas da Makerly. Governo e funcionários seriam sócios com respectivamente, 49% e 51% das ações. Além do desemprego, uma eventual desativação da Makerly colocaria o sistema de autogestão em descrédito, avalia Anareli. Texto Anterior: Novos documentos podem levar procuradoria a processar Fleury Próximo Texto: Falta quórum na primeira votação dos deputados recém-empossados Índice |
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