São Paulo, sábado, 18 de março de 1995 |
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Feirante disputa e fica em 3º
MAURICIO STYCER
Entre os 31 participantes (19 mulheres e e 12 homens), havia até uma feirante, Cintia Dias, que ficou em terceiro lugar. "Sempre gostei de moda e gostaria muito de ser modelo", disse Cintia, 23, cabelos pintados de uma tonalidade azul. Um dos jurados, o designer F. Teixeira, 34, foi apresentado como Prozzac, integrante de um grupo chamado "Novos Filósofos". "Uso esse nome para levantar a auto-estima do negro", explicou Teixeira, se referindo ao remédio antidepressivo Prozac. "Esse concurso oferece ao mercado uma idéia que não corresponde às necessidades das grandes massas negras, mas reflete uma mudança de comportamento do mercado, que tende a assimilar pessoas negras. O negro brasileiro precisa passar por isso, como o americano passou", filosofou. "Ainda há poucos eventos no Brasil onde o negro pode ser estrela. Por isso, apóio esse concurso", disse, por sua vez, o também jurado Nilson Antonio de Oliveira, vice-presidente da Comunidade Afro-Brasileira de Osasco. (MSy) Texto Anterior: 'Já perdi por causa da cor' Próximo Texto: Estudante tenta ser a 1ª paquita negra Índice |
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