São Paulo, sábado, 18 de março de 1995 |
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Passagem de ônibus vai ter reajuste em junho
CARI RODRIGUES
O índice de reajuste ainda não foi definido, mas ficará abaixo da inflação acumulada no período, conforme apurou a Folha. Os técnicos da área econômica do governo já trabalham com uma inflação acumulada na casa dos 30% em julho, quando o real completa um ano. O governo está preocupado com o possível sucateamento da frota e a baixa qualidade dos serviços, mantida a rigidez nos preços além de 12 meses. A deterioração da frota e no atendimento pode acontecer como represália das empresas permissionárias, que já estão reclamando aumento dos preços das passagens. O aperto nos preços públicos a longo prazo também pode ter como consequência um "tarifaço". Isto seria bem mais danoso para a sobrevivência do Real; o índice de reajuste seria bem mais alto e acumulado num único período. O Ministério dos Transportes já iniciou um levantamento para apurar a defasagem das passagens de ônibus interestaduais e internacionais e tarifas ferroviárias para cargas e de passageiros. Definir tarifas estaduais e municipais é atribuição de Estados e municípios. O transporte ferroviário de cargas também deverá ter preços realinhados. A Folha apurou que os trens metropolitanos —metrôs do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, João Pessoa e Natal— terão os preços das passagens alinhados com as tarifas de ônibus. Isso porque o sistema de trens metropolitanos é deficitário e trabalha com subsídios do governo. Até o final de maio, o levantamento do ministério deverá estar concluído. A conversão das tarifas interestaduais, internacionais e ferroviárias em URV aconteceu em junho de 1994. Na conversão para a URV, os permissionários para linhas interestaduais e internacionais reclamavam uma defasagem de 9,5%. O governo chegou a conceder 3,14%, por meio de portaria. Entretanto, o aumento foi revogado porque houve erro nos cálculos. A decisão final sobre o reajuste das tarifas públicas será do Ministério da Fazenda. No caso dos ônibus interestaduais, internacionais e ferrovias, a política de preços é determinada pelo Ministério dos Transportes, que elabora as planilhas de custos das empresas. Texto Anterior: Supermercados vendem abaixo do esperado Próximo Texto: Compaq inaugura sua fábrica em São Paulo Índice |
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