São Paulo, sábado, 18 de março de 1995 |
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Mário Sérgio diz ter sofrido até sabotagem no gramado para sair
WILSON BALDINI JR.
O treinador disse que "pressões de pessoas da situação" e a saída dos dirigentes Romeu Tuma Jr. e Francisco Papaiordanou colaboraram para que ele tomasse esta decisão. Mário Sérgio acusou o administrador do clube, Fredmare Espósito, de ter esburacado o gramado do Parque São Jorge. "Quase cancelei dois treinamentos e dispensei os jogadores", afirmou o ex-treinador corintiano. Fredmare Espósito disse ontem que "faltou comunicação entre ele e Mário Sérgio". "Falei para o Eduardo (auxiliar técnico) que o campo seria tratado e até mandei que traves móveis fossem trazidas de Itaquera (centro de treinamento em construção)", disse o administrador. Mário Sérgio também disse que Espósito teria negado um vale no valor de R$ 11 mil para o jogador Ezequiel. "Não poderia providenciar o vale para um jogador que estava sem contrato assinado com o clube", defendeu-se novamente Espósito. O administrador também descartou qulaquer envolvimento com os contratos de propaganda do clube. "Isto compete apenas a área de marketing", disse. O vice-presidente demissionário do clube, Romeu Tuma Jr., que não havia revelado nomes na sua entrevista de anteontem no Parque São Jorge, também apontou a intervenção de Fredmare Espósito como um dos motivos para os pedidos de demissão dos dirigentes e do técnico. Mário Sérgio também acusou a psicóloga Cyntia Alysson Jensen, que cuida dos jogadores das categorias inferiores, de interferir em seu trabalho. "Ela chegou a dmitir que estava sendo mandada por pessoas ligadas a outros departamentos do clube", afirmou Mário Sérgio. Já a psicóloga afirmou que "jamais" conversou com o ex-técnico. "Foi uma das únicas pessoas que não tive contato", declarou. Cyntia Alysson Jensen pediu demissão ontem por volta das 12h e se despediu dos jogadores e funcionários. Durante o treino de ontem pela manhã, a expectativa dos jogadores e da comissão técnica era do possível retorno de Mário Sérgio. Anteontem à noite, após o treino da tarde, vários jogadores se dirigiram até a sala do presidente Alberto Dualib e pediram a sua interferência no caso. Na tarde de ontem, Dualibi declarou que até segunda-feira iria tentar trazer o técnico de volta. "É uma perda muito grande na véspera de um jogo tão importante contra o São Paulo", disse o meia Marcelinho. "Mas o grupo está muito unido e nada irá nos abalar", completou. O atacante Viola concorda. "Nós queremos seu retorno o mais rápido possível." Texto Anterior: Técnico 'trabalha' cabeça do time para vencer Próximo Texto: Guarani terá novo técnico só na segunda Índice |
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