São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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Paranormal crê ser 'fenômeno energético'

EVANDRO EBOLI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JUIZ DE FORA

O mais renomado paranormal do Brasil, Thomas Green Morton, 48, já atendeu estrelas internacionais e é visitado por personalidades brasileiras de todas as áreas e regiões. É frequente o movimento de jatinhos que vão buscá-lo em Pouso Alegre, no sul de Minas, pra atender enfermos famosos.
Apesar de toda badalação, Morton se define como "antiguru". "Não prego nada e nem sou de seita alguma. Não aceito ser guru e nem ter seguidores", diz. "Sou um fenômeno energético."
Seu nome de batismo é Thomas Green Morton Souza Morais Coutinho. Uma homenagem a Willian Thomas Green Morton, considerado o "pai da anestesia".
Morton -o de Pouso Alegre- ficou famoso na década de 80, quando criou a saudação "Rá!", que define como um "cumprimento cósmico". Ganhou fama também por fazer apresentações entortando talheres, transforma papel alumínio em objetos sólidos e modifica a composição de líquidos.
"Atualmente, tenho trabalhado em casos de doentes terminais, com rejuvenescimento celular. Não que eu cure aidéticos ou cancerosos, mas busco prolongar sua expectativa de vida", diz.
Há menos de um mês, ele atendeu o senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ), em tratamento contra câncer. A lista de personalidades que já recebeu inclui Shirley McLaine, Richerd Gere, Roberto Carlos, Ivo Pitangui e Tom Jobim.
Morton acredita que seus poderes surgiram quando tinha 12 anos. Era seu aniversário, 16 de março. Ele foi a um lago pescar e um raio atingiu a ponta de sua vara. "Meu corpo era jogado para vários lados." "Conheci Thomas há pouco tempo. A impressão que tive dele é de que se trata de uma pessoa bem-intencionada", afirmou o cirurgião Ivo Pitangui.

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