São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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Faça seu próprio controle de gastos

Os índices de inflação não refletem, necessariamente, o que ocorre com as despesas de um consumidor específico.
Eles refletem a evolução dos preços médios de bens e serviços consumidos por uma família-padrão em certa faixa de renda.
Para que o consumidor tenha uma noção melhor de como evoluem suas despesas, a saída é montar uma planilha própria e ir comparando a evolução mensal.
O ICV do Dieese, por exemplo, variou 3,27% em janeiro e 2,96% em fevereiro na capital paulista, bem acima dos demais.
Um dos itens que mais pressionou este índice, a prestação da casa própria pelo SFH, é computado exclusivamente pelo Dieese.
Da mesma forma, se alguém não paga aluguel para morar, provavelmente não teve suas despesas evoluindo no ritmo registrado pela maioria dos índices de custo de vida após o real. Aluguel foi um dos maiores "vilões" nesta fase.
O IPC-r reflete o custo de vida de famílias até oito salários mínimos. Aqui, despesas com alimentação tendem a pesar mais que no IPCA, que vai até 40 mínimos.
Para ver se sua aplicação financeira está ou não pagando juro real, o melhor é fazer uma média.
Se está construindo, um indicador razoável é o CUB (Custo Unitário Básico) do Sinduscon, que mede a evolução dos preços de materiais e mão-de-obra na construção, como o INCC do IGP (ver Roteiro de Índices).

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