São Paulo, domingo, 19 de março de 1995 |
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Real não elimina diferença entre as taxas de inflação
GABRIEL J. DE CARVALHO
Desde julho de 94, a diferença entre a maior taxa acumulada (do IPC-r) e a menor (IGP-M) alcança seis pontos percentuais. No mês passado, o IPC-r, ainda indexador oficial dos salários, registrou a taxa mais baixa: 0,99%. O quadro à direita pode ajudá-lo a entender por que há tanta diferença. Além de fórmulas de cálculo, há a influência do período e local da pesquisa, além do perfil de renda e consumo predefinidos. Para apurar o IPC-r, os preços são pesquisados pelo IBGE em 11 regiões metropolitanas do país, de Porto Alegre a Belém do Pará. Já a Fipe pesquisa apenas São Paulo. Assim, o efeito das chuvas de fevereiro sobre os preços de hortifrútis tende a ser maior no IPC da Fipe do que no IPC-r. Desde o real, as taxas mais baixas têm sido as do IGP, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). É que este índice é composto por outros três e o que pesa mais (60%) reflete o ritmo dos preços do atacado. Nesta fase do real, as taxas de inflação foram pressionadas por itens como aluguel, que não aparecem nos preços do atacado. O período de coleta dos preços também influencia. IGP-M e IGP, por exemplo, são idênticos, mas como a coleta de preços do primeiro termina no dia 20 e a do segundo vai até o final do mês, as taxas costumam ser diferentes. O próprio IPC-r já acumula 25,34% porque a taxa de julho de 94 foi medida em cima de coleta de preços que pegou toda a segunda quinzena de junho, quando a inflação se acelerou.(GJC) Texto Anterior: COMO SÃO OS CONTRATOS HABITACIONAIS PELO SFH Próximo Texto: Faça seu próprio controle de gastos Índice |
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